Eu me recolho
Eu me recolho no silêncio da casa
e abro a tampa da arca,devagar.
Uma pilha de roupa branca, na frescura
de alfazema e alecrim queimado,
a imagem dumas mãos longínquas e secas
fazendo girar a roca.
O som da porta que não vejo mas gira nos gonzos
e uma voz que me chama vinda não sei donde.
(Manuela Reis)
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