terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Glicínias

Vem ver as glicínias
tombando sobre a pedra,
minha irmã, e colher
comigo um açafate delas,
no seu azul perfumado!

Lembras-te como ríamos
e dançávamos, fazendo
coroas leves com elas?!
Só o declinar do sol,
na sua luz de veludo, nos
detinha e, então, a caminho
de casa, deitávamos à água
límpida dum tanque amado
pelas suas lembranças, as
nossas coroas de glicínias...
..............................................
Era já sempre tarde, quando
voltávamos e com ar apaziguado,
de mãos dadas... Findara o dia.

(Manuela Reis)


***

1 comentário: