segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

sábado, 26 de janeiro de 2013


Magia escondida


Um silêncio só meu
uma palavra só tua.
Ternura, segredo,
magia escondida
nas dobras da serra.
Água encantada
que refresca as mãos
que cai sobre elas.

(Manuela Reis)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Meia-noite



Retiro-me
no auge
das festas
senão
cai-me
o desencanto
de todo
o dia seguinte



(Manuela Reis)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Não há fronteiras

É no xisto
da ladeira
que me sento,
encostada
ao muro
de pedra.
À minha volta
voam as borboletas
que levantam voo
através do prado,
e eu vou com elas,
num espaço aberto,
que deixou de ter
fronteiras… 

(Manuela Reis)

domingo, 13 de janeiro de 2013


No silêncio

No silêncio cavo
ouço cair
as gotas
de perfume
anilado
que me inebriam
Intimidade. Rumor.
(Manuela Reis)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Alguma coisa

Alguma coisa
se decantou 
em mim,
esta madrugada.
A luz do sol
atravessou
as poeiras
e levou-as
para muito longe.
Tenho agora
a idade
duma folha
em branco.
À vossa espera.

(Manuela Reis)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Glicínias

Vem ver as glicínias
tombando sobre a pedra,
minha irmã, e colher
comigo um açafate delas,
no seu azul perfumado!

Lembras-te como ríamos
e dançávamos, fazendo
coroas leves com elas?!
Só o declinar do sol,
na sua luz de veludo, nos
detinha e, então, a caminho
de casa, deitávamos à água
límpida dum tanque amado
pelas suas lembranças, as
nossas coroas de glicínias...
..............................................
Era já sempre tarde, quando
voltávamos e com ar apaziguado,
de mãos dadas... Findara o dia.

(Manuela Reis)


***

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013


Janeiro

Era Janeiro.
Só a ti queria falar
da raiz do escalheiro
que plantei na terra
e veio da aldeia
…………………
Dos pequenos rebentos,
apareceu uma flor azul
e outra vermelha,
sem hora marcada.

(Manuela Reis)