Suaves ondulam
os gestos e os olhares
dos meus filhos,
deslizando pela pradaria
e a ternura que tenho por eles
é como flor de azevinho,
símbolo dum perpétuo Natal.
(Manuela Reis)
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Agora e ainda
Amigo, anda ver, à transparência
das águas esverdeadas do tanque
de granito que tanto amávamos,
as palhinhas leves, muito leves,
que eu punha a boiar nos tempos
de menina. Elas lá estão,
transfiguradas, chamando por
outras crianças. Agora e ainda,
para sempre.Para sempre.
(Manuela Reis)
Amigo, anda ver, à transparência
das águas esverdeadas do tanque
de granito que tanto amávamos,
as palhinhas leves, muito leves,
que eu punha a boiar nos tempos
de menina. Elas lá estão,
transfiguradas, chamando por
outras crianças. Agora e ainda,
para sempre.Para sempre.
(Manuela Reis)
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Invento
Invento a noite e a madrugada,
os caminhos multiplicados
que vão por esse mundo além
torneando as casas e as fontes;
os mares; e os cais de pedra.
Invento a noite e a madrugada,
os caminhos multiplicados
que vão por esse mundo fora,
como levados pelo vento
até ao promontório donde
me acenam, agora,
num gesto de
mistério inesperado.
(Manuela Reis)
Invento a noite e a madrugada,
os caminhos multiplicados
que vão por esse mundo além
torneando as casas e as fontes;
os mares; e os cais de pedra.
Invento a noite e a madrugada,
os caminhos multiplicados
que vão por esse mundo fora,
como levados pelo vento
até ao promontório donde
me acenam, agora,
num gesto de
mistério inesperado.
(Manuela Reis)
terça-feira, 15 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Metamorfoses
Silêncio ou fogo
nas sílabas multiplicadas
Água a jorrar
caindo a prumo
Cântico longínquo
ou música de agora
derramando-se
sobre os meus ombros
Perfume brotando
dos botões dos caminhos
Breve ou intenso
no espaço da memória
Cristal uno e puro
à transparência do olhar
ou de súbito estilhaçado
em meteoros inesperados
(Manuela Reis)
Silêncio ou fogo
nas sílabas multiplicadas
Água a jorrar
caindo a prumo
Cântico longínquo
ou música de agora
derramando-se
sobre os meus ombros
Perfume brotando
dos botões dos caminhos
Breve ou intenso
no espaço da memória
Cristal uno e puro
à transparência do olhar
ou de súbito estilhaçado
em meteoros inesperados
(Manuela Reis)
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
sexta-feira, 19 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Palavras
Foi um mês, outro mês
e outro ainda.
Chovera sempre,
a água escorrera pelos telhados
em bico, as paredes
das casas e as frinchas
das janelas.
Pelo caminho, encontrei
um punhado de palavras
dispostas nos passeios.
Palavras intactas, mas
a brilhar à chuva.
Palavras plenas que
se encerram
num livro fechado.
(Manuela Reis)
quinta-feira, 20 de junho de 2013
terça-feira, 11 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Palavras
Partiram há séculos
em busca do Espaço
...............................
Partiram há séculos
mas encalharam
Possuídas da tentação
dos lugares
Presas do sargaço
de misteriosas praias
.....................................
Partiram há séculos
Chegaram
mas naufragaram
.................................
Por isso Mãos Ocultas
te trouxeram
ao Cais Deserto
de novo ponto de Partida
Desacolhido sim do antigo lar
como da infância
Apontando porém
o reaprendido Caminho
(a Fernando Pessoa)
Manuela Reis
Partiram há séculos
em busca do Espaço
...............................
Partiram há séculos
mas encalharam
Possuídas da tentação
dos lugares
Presas do sargaço
de misteriosas praias
.....................................
Partiram há séculos
Chegaram
mas naufragaram
.................................
Por isso Mãos Ocultas
te trouxeram
ao Cais Deserto
de novo ponto de Partida
Desacolhido sim do antigo lar
como da infância
Apontando porém
o reaprendido Caminho
(a Fernando Pessoa)
Manuela Reis
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quinta-feira, 30 de maio de 2013
terça-feira, 28 de maio de 2013
O riacho
O riacho avança entre arvoredos,
como serpentear de sílabas
chamando palavras luminosas
que acendem o escuro
e avançam com frescura
no meu peito,
em busca da luz da pedra
que a conduz junto à caleira
dando de beber à fonte
e ao tanque de cor azulada
que os olhos adivinham
de longe, muito longe...
(Manuela Reis)
O riacho avança entre arvoredos,
como serpentear de sílabas
chamando palavras luminosas
que acendem o escuro
e avançam com frescura
no meu peito,
em busca da luz da pedra
que a conduz junto à caleira
dando de beber à fonte
e ao tanque de cor azulada
que os olhos adivinham
de longe, muito longe...
(Manuela Reis)
quinta-feira, 23 de maio de 2013
terça-feira, 21 de maio de 2013
segunda-feira, 20 de maio de 2013
quarta-feira, 8 de maio de 2013
sábado, 27 de abril de 2013
quarta-feira, 24 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
sexta-feira, 5 de abril de 2013
quinta-feira, 4 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
quinta-feira, 21 de março de 2013
O sol atravessou
as poeiras do caminho
que ficou leve
pouco a pouco
e se tornou
como uma faixa
de luz e areia prateada:
"Avança e não temas,
- disse uma Voz - estarei
contigo a teu lado,
até ao fim dos tempos,
até à Eternidade".
E uma flor branca
caiu, misteriosamente,
nas tuas mãos abertas.
(Manuela Reis)
segunda-feira, 18 de março de 2013
sexta-feira, 8 de março de 2013
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Primavera
Há um traço inesperado
com um sorriso fundo
que anuncia a primavera.
Há rebentos que nascem.
Árvores que estremecem
nos caminhos da quinta.
………………………….
Os primeiros frutos
perdi-os de memória.
…………………………
Só quando chegarem
é que os descobrirei
e pô-los-ei numa travessa
branca de porcelana.
(Manuela Reis)
Há um traço inesperado
com um sorriso fundo
que anuncia a primavera.
Há rebentos que nascem.
Árvores que estremecem
nos caminhos da quinta.
………………………….
Os primeiros frutos
perdi-os de memória.
…………………………
Só quando chegarem
é que os descobrirei
e pô-los-ei numa travessa
branca de porcelana.
(Manuela Reis)
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
domingo, 13 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Glicínias
Vem ver as glicínias
tombando sobre a pedra,
minha irmã, e colher
comigo um açafate delas,
no seu azul perfumado!
Lembras-te como ríamos
e dançávamos, fazendo
coroas leves com elas?!
Só o declinar do sol,
na sua luz de veludo, nos
detinha e, então, a caminho
de casa, deitávamos à água
límpida dum tanque amado
pelas suas lembranças, as
nossas coroas de glicínias...
..............................................
Era já sempre tarde, quando
voltávamos e com ar apaziguado,
de mãos dadas... Findara o dia.
(Manuela Reis)
***
Vem ver as glicínias
tombando sobre a pedra,
minha irmã, e colher
comigo um açafate delas,
no seu azul perfumado!
Lembras-te como ríamos
e dançávamos, fazendo
coroas leves com elas?!
Só o declinar do sol,
na sua luz de veludo, nos
detinha e, então, a caminho
de casa, deitávamos à água
límpida dum tanque amado
pelas suas lembranças, as
nossas coroas de glicínias...
..............................................
Era já sempre tarde, quando
voltávamos e com ar apaziguado,
de mãos dadas... Findara o dia.
(Manuela Reis)
***
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